Pandemia impulsiona mudanças no comportamento do consumidor no mundo digital
Postado em 1 de setembro de 2020
A determinação do isolamento social como principal medida de proteção contra o avanço do novo coronavírus impulsionou o e-commerce brasileiro e as empresas precisaram se adaptar para atender às novas demandas.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), desde o início da pandemia mais de 135 mil lojas aderiram às vendas pelo comércio eletrônico para se manter no mercado. Neste novo cenário, a busca pelo conforto e comodidade ganhou destaque. “A pandemia apenas acelerou uma realidade que já estava batendo em nossas portas. Com isso, empresários e empreendedores precisaram sair da zona de conforto e se adaptarem a esse comportamento cada vez mais comum entre os consumidores”, observa Renato Las Casas, Diretor Comercial da empresa de revestimentos inteligentes Ecogranito.
Como parte dessa transformação, o atendimento físico deu lugar aos canais de redes sociais e plataformas online, e gestores de empresas têm apostado em reuniões e treinamentos virtuais para manter os colaboradores engajados. “Internamente, ampliamos a realização de workshops online, webinars e reuniões virtuais para alinharmos os processos e mantermos a produtividade”, comenta.
À medida que as ações de contenção são fortalecidas, o comportamento dos clientes sofre alterações significativas. Não apenas a busca pelo digital, mas também o grau de cautela nos investimentos e a reavaliação de prioridades. Segundo Las Casas, no segmento da Construção Civil, as principais mudanças de comportamento dos clientes podem ser traduzidas pela comparação entre os condomínios residenciais e comerciais. “Muitos edifícios residenciais postergaram as reformas de suas fachadas para restringir o risco de contaminação entre os trabalhadores envolvidos nas obras e no ambiente dos condôminos”, explica.
Ao passo que a demanda residencial cai, a procura por reformas em condomínios, prédios e salas comerciais cresce exponencialmente. “Como muitos prédios não estão funcionando no momento, este é o momento ideal para a realização de qualquer obra. Sem o fluxo contínuo de pessoas, o barulho e a sujeira proveniente da movimentação de materiais, não atrapalha a rotina das organizações”, diz o empresário.
Por fim, Renato Las Casas avalia positivamente os últimos resultados do setor. “Superamos as metas dos meses anteriores, então, mesmo nesse contexto hostil, estamos conseguindo manter um bom desempenho”, conclui.