Pesquisa mapeia a relação da saúde emocional das pessoas com as notícias

Postado em 22 de agosto de 2022

Manter-se informado é essencial para saber o que acontece no nosso dia a dia, porém, quando isso se transforma em excesso e começa a causar sintomas de ansiedade, estresse e até insegurança, é necessário ficar alerta para não provocar ou intensificar transtornos mentais. Pensando nisso, a OrienteMe, plataforma que fortalece a saúde psicológica e nutricional das empresas, realizou uma pesquisa entre junho e julho de 2022, em que pessoas responderam qual sua relação com a abundância de informações dos dias atuais e qual tipo de notícia acaba gerando mais ansiedade e preocupação.
A pesquisa ouviu 558 pessoas com idades entre 14 e 74 anos. Dos dados obtidos, 21,1% responderam que se informavam através das redes sociais, 15,6% por portais online, 13,5% com telejornais e 9,4% sites de jornais, 9% via YouTube, 8,1% pelo WhatsApp ou Telegram e 5,7% por podcast. Mais da metade dos respondentes também informou que consome notícias duas vezes por dia ou mais.
Um dos motivadores da pesquisa foi analisar o consumo excessivo de notícias, que já é uma realidade, principalmente pela velocidade com que as informações circulam por diferentes veículos. Com a chegada da pandemia da Covid-19 e todos os questionamentos relacionados à doença, vacinas e possíveis tratamentos, o termo infodemia foi potencializado pela transformação digital e intenso volume de notícias circuladas, gerando consequências graves para a saúde mental.
Então, segundo o levantamento realizado pela OrienteMe, as notícias mais consumidas pelo público geral estão relacionadas à saúde, representando 10,3%, assuntos sobre a economia 9,6%, previsão do tempo 9,4%, política 8,4%, tecnologia 8,3% e educação 7,5%. A pesquisa ainda mostrou que entre pessoas de 14 e 30 anos, os temas mais consumidos são previsão do tempo e saúde. Já entre quem tem 30 e 50 anos, a editoria de saúde se destacou. Sobre os que têm mais de 50 anos, economia é o tipo de notícia mais consumida.
Porém, os dados em relação à ansiedade causada pelas notícias são:
Perguntados sobre terem conversado com o psicólogo referente à ansiedade causada por determinadas notícias, 64% responderam que não costumam falar sobre isso e 33,5% falaram que conversam apenas quando são afetados de alguma forma. Entretanto, existe a possibilidade de que as pessoas não tenham autoconhecimento suficiente para relatar essa ansiedade como um problema após a leitura de alguma notícia. Ou seja, elas não conseguem reconhecer que aquilo foi o causador da ansiedade. De todos os ouvidos, a faixa etária que mais sente-se afetada é a dos 14 a 25 anos, totalizando 54%.
Outro dado importante da pesquisa mostra que as mulheres sentem-se mais ansiosas em relação às notícias do que os homens. Dos que responderam que conversam com seus psicólogos sobre a ansiedade em relação às notícias, 42,8% notaram melhora na forma de lidar com as informações consumidas nos noticiários.
O cuidado com a quantidade e a qualidade das informações que recebemos diariamente é extremamente necessário para manter a saúde mental equilibrada e a qualidade de vida. Por isso, caso tenha se identificado ou esteja sofrendo com algum sintoma, procure a ajuda de um especialista para que ele possa te direcionar da melhor forma.

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