Especialista do Hospital 9 de Julho orienta como suspeitar de câncer renal

Por volta de 30% a 35% dos diagnósticos são realizados apenas em fases avançadas ou em metástase, quando se espalha para outras regiões do corpo

Postado em 24 de julho de 2018

Um câncer assintomático no início. Assim costuma ser o câncer renal, que está entre os* 10 tipos mais comuns entre os tumores malignos em adultos. A Dra. Denise Leite, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, afirma que “a maior parte dos pacientes é diagnosticada quando a doença está em estágio avançado. Por isso, ficar atento aos sintomas e fazer acompanhamento médico são medidas fundamentais para diagnosticar e tratar a doença o mais precocemente possível”, explica a médica.

Infelizmente, contudo, o câncer renal inicial não costuma gerar sintomas. A tríade clássica de sintomas como a presença de sangue na urina (hematúria), massa palpável na barriga e dor abdominal está presente em apenas cerca de 10% dos casos. Em geral, o diagnóstico é feito a partir de uma suspeita na maioria das vezes gerada após realização de exames de imagem. Muitas vezes, o diagnóstico pode depender da realização de biopsia.

No caso de diagnóstico positivo, o tratamento vai depender do estágio da doença. A Dra. Denise esclarece que em tumores localizados, a cirurgia pode ser a melhor abordagem. Outras opções para pacientes com a saúde fragilizada são: radioterapia e a crioablação (congelamento do tumor). “Já no caso de metástase, o tratamento principal é feito com medicações via oral ou endovenosa” pontua a especialista.

Outra opção é a imunoterapia, em que o próprio sistema imunológico do paciente é estimulado a “aprender” a combater a doença com a ajuda de medicamentos. A Dra. Denise reforça que a imunoterapia foi a grande revolução para pacientes com câncer renal.

“Com a chegada de novos medicamentos, quem sabe o tratamento possa ser acessível e mais efetivo para mais pacientes” finaliza a médica que reforça a importância de uma vida saudável para ajudar a evitar a doença. “ O ideal é manter uma boa alimentação, atividade física regular e manter o peso ideal, sempre acompanhado de um especialista”.

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