UMC atua na preservação e reprodução de diversas espécies de peixes da bacia do Alto Tietê
No dia Mundial da Água o Laboratório de Genética de Organismos Aquáticos e Aquicultura (LAGOAA) destaca que o trabalho para o equilíbrio da biodiversidade e a sustentabilidade das espécies marinhas ainda mais necessário
Postado em 18 de março de 2021
O Dia Mundial da Água foi concebido pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas para que no dia 22 de março de cada ano nos lembremos da importância da preservação da água e dos seres vivos que a habitam. Na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) esse é um assunto que tem recebido muita atenção com o desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre a preservação do meio ambiente aquático de água doce e marinho realizados no LAGOAA (Laboratório de Genética de Organismos Aquáticos e Aquicultura).
Pesquisas como a identificação e conservação das espécies de peixes do Rio Tietê são apenas um dos trabalhos destacados pelo Prof. Dr. Alexandre Wagner Silva Hilsdorf, responsável pelo LAGOAA. Os alunos de graduação e de pós-graduação, mestrado e doutorado, são envolvidos em diversos trabalhos de pesquisa sobre vários aspectos da vida aquática, principalmente na área de Biotecnologia. Além disso, a UMC em parceria com a SABESP e o DAEE desenvolve um projeto de repovoamento de espécies nativas da bacia do Alto Tietê na Estação de Piscicultura de Ponte Nova em Salesópolis, onde mantém espécies de peixes nativas da região e desenvolve pesquisas na área de aquicultura. “Em vez de a gente reproduzir e criar os peixes para comer, nós os cultivamos e o soltamos na natureza de novo. Dessa forma, estamos conservando as espécies de peixes do rio Tietê, explica.
Além desses trabalhos, o LAGOAA desenvolve pesquisas sobre genômica (DNA) aplicada a aquicultura e sobre conservação genética de tubarões e marlins, espécies hoje consideradas sob séria ameaça.
O LAGOAA mantém parcerias com empresas privadas que realizam pesquisas e projetos específicos com algumas espécies de peixes de interesse econômico. “Temos um projeto com uma empresa em Ilhabela para criação de garoupa e temos uma outra vertente, juntamente com algumas empresas onde desenvolvemos o melhoramento genético da tilápia vermelha”, segundo o Prof. Dr. Alexandre Hilsdorf.
Os estudos realizados no LAGOAA têm gerado uma vasta lista de publicações, como o livro “Peixes das Cabeceiras do Rio Tietê e Parque das Neblinas”, no qual estão descritas 56 espécies de peixes existentes no Rio Tietê. O livro está disponível, em formato virtual e físico, na Biblioteca da UMC e pode ser acessado gratuitamente por qualquer pessoa.
A geração de conhecimento que a UMC tem realizado é sua contribuição para preservação da vida aquática neste Dia Mundial da Água.