Tempo a favor

No ar em “Apocalipse”, Paloma Bernardi analisa carreira e se anima com papel de boa moça

Postado em 19 de dezembro de 2017

Paloma

O sorriso largo e o jeito tranquilo de Paloma Bernardi chamam atenção desde o primeiro instante. E é com esse mesmo misto de animação e serenidade que a intérprete da Isabela, de “Apocalipse”, da Record, analisa sua trajetória. Apesar de ter começado a trabalhar muito nova, aos 4 anos de idade, fazendo publicidade, e ter estreado no SBT aos 11, na novela “Colégio Brasil”, Paloma experimentou um longo período de entressafra na carreira. Só aos 23, quando fez uma participação nos últimos capítulos de “Os Mutantes”, a atriz passou a se manter no ar com frequência. De lá para cá, acumulou papéis na Globo em tramas como “Viver A Vida”, “Insensato Coração” e “Salve Jorge”, entre outras. E voltou para a Record na pele da Samara de “A Terra Prometida”, exibida em 2016. Na ânsia por trabalhos relevantes, Paloma acredita que tudo acontece no tempo certo. “Se eu tivesse engatilhado desde cedo, talvez minha família não pudesse me acompanhar. Mas, com 23 anos, já tinha asas para voar. Às vezes, não entendemos o processo ou um ‘não’, mas esses ‘nãos’ são o que fortalecem a gente por um ‘sim’ muito maior”, filosofa.
Na história escrita por Vívian de Oliveira, Paloma tem a chance de desvendar um universo totalmente novo. Isso porque sua personagem, Isabela, é uma estudante de Arqueologia. Na trama, a grande motivação da jovem é estudar a cultura de Jerusalém, além de remexer no passado para entender o presente e projetar o futuro através da profissão. “Isabela mora em Nova Iorque e quer conhecer tudo de Jerusalém porque lá existe um grande polo de sítios arqueológicos”, explica. Ao longo dos capítulos, a estudante, que é uma garota do bem e muito determinada, vive paixões e se envolve amorosamente com Noah, de Raphael Sander. Mas também constrói uma forte relação de cumplicidade com o irmão, Benjamin, protagonista de Igor Rickli, com quem Paloma já havia contracenado em “A Terra Prometida” e no espetáculo “A Paixão de Cristo”. “Na peça, eu fiz Maria e ele foi meu filho, Cristo. Agora, somos irmãos na novela”, diverte-se.
Depois de ter interpretado uma vilã na última novela em que atuou, a Samara de “A Terra Prometida”, Paloma se anima com a oportunidade de voltar para o tipo moça do bem, que explorou em personagens como a Mia de “Viver A Vida” e a Alice de “Insensato Coração”. “É muito bom poder fazer uma mocinha porque já fiz uma vilã e uma prostituta. Poder variar entre as várias personalidades é instigante para mim”, comemora ela, que percebeu um elo com o papel que interpreta em “Apocalipse”. “É na determinação que me identifico com minha personagem”, compara.
Desde que começou a se envolver com a preparação e as gravações da novela da Record, Paloma passou a refletir mais sobre o tema principal da trama: o fim do mundo. Se por acaso esse tipo de catástrofe fosse realmente acontecer, a atriz tentaria passar mais tempo ao lado de quem ama. “Gostaria de estar com meus pais, meus irmãos, com meus parentes. Acho que eu garantiria o colinho de todo mundo”, imagina, em tom humorado.

Desejo internacional
Paloma Bernardi sonha alto e não tem a menor vergonha de admitir isso. Ainda sem planos concretos para mergulhar na carreira internacional, a atriz assume que ser indicada ao Oscar, a mais importante premiação do cinema mundial, é a sua maior aspiração. “Quero fazer história. Eu como atriz sempre fui muito determinada. Quero chegar ao Oscar representando o Brasil”, deseja.
Em 2013 ela chegou a ter uma pequena experiência internacional. Quando viajou a passeio para Nova Iorque, recebeu o convite da amiga e diretora Isabelle Lopes para rodar o curta-metragem “Hearing Heart”. Na história, a atriz interpretou uma turista surda que visitava os principais pontos turísticos da cidade e conhecia de perto os trabalhos dos artistas de rua. Mas, enquanto outra oportunidade parecida não surge, Paloma sonha com o reconhecimento internacional dos talentos brasileiros. “Eu nunca planejei, mas temos tantos roteiristas, diretores e atores incríveis. Por que não mostrar o nosso talento lá fora?”, questiona.

Por: Luana Borges / Tv Press
Fotos: Jorge Rodrigues Jorge/CZN
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