De móveis a eletrônicos: saiba como descartar corretamente os mais diversos materiais

A coleta adequada evita danos ao meio ambiente, além de evitar a aplicação de multas

Postado em 14 de novembro de 2019

Lidar com o lixo e os resíduos, às vezes, pode ser uma grande “dor de cabeça”. Seja após uma reforma ou mesmo uma mudança, sempre sobram materiais que as pessoas só querem que desapareçam “magicamente”. No entanto, é importante tomar cuidado, porque certos itens devem ser descartados corretamente para evitar problemas ambientais e até mesmo multas. Confira algumas dicas para descartar alguns materiais sem peso na consciência.

Entulho de obra
Uma das possibilidades de descarte é junto com a coleta domiciliar. No entanto, é preciso ter cuidado. De acordo com a Prefeitura de São Paulo, é proibido o depósito de entulho, terra e resíduos de qualquer natureza, em volume superior a 50 quilos, em vias, passeios, canteiros, jardins, áreas e logradouros públicos.  Exceder esse limite gera multa. O valor da infração pode chegar a mais de R$ 15 mil, podendo ter o valor dobrar em caso de reincidência.
Também há empresas privadas que realizam a coleta. Um dos exemplos é a startup Biothanks (www.biothanks.com), que desenvolveu um aplicativo para conectar coletores e pessoas que têm algum material para descartar. Popularmente conhecido como “Uber dos resíduos”, o app permite aos usuários chamar transportadores (motorizados ou não) para recolher resíduos com potencial para reciclagem ou reaproveitamento. Para usar o aplicativo, o usuário informa o endereço e descreve o que deve ser recolhido, escolhe o tamanho do carro, efetua o pagamento online e acompanha a rota do transportador enquanto aguarda a sua chegada ao local de coleta.

Móveis
Em São Paulo, além da própria Biothanks, que tem neste segmento um de seus maiores nichos de mercado, é possível fazer o descarte por meio do Cata-Bagulho. A iniciativa tem como objetivo evitar que móveis, eletrodomésticos quebrados, pedaços de madeira e metais sejam depositados em vias públicas, córregos e terrenos baldios, pois, além de prejudicar a conservação do espaço público, o descarte irregular é considerado crime ambiental, sujeito a multa de R$ 18 mil em caso de flagrante. Para utilizar o serviço, os interessados devem consultar os dias e horários de retiradas no site da Prefeitura (www.capital.sp.gov.br).
O órgão pede que os moradores coloquem os objetos em suas calçadas com uma hora de antecedência. Além disso, há a possibilidade de recorrer aos Ecopontos da cidade. No entanto, para quem não tem tempo de esperar a coleta e não consegue levar os materiais aos Ecopontos, é possível contratar empresas privadas que fazem esse trabalho.

Eletrônicos
Algumas companhias de tecnologia já oferecem o serviço de descarte de lixo eletrônico. Algumas marcas associadas à Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) criaram a Green Eletron (www.greeneletron.org.br), empresa responsável por coletar o lixo eletrônico. Há a alternativa também de recorrer à Secretaria do Meio ambiente do Estado ou município e pedir uma lista dos pontos de coleta de lixo eletrônico certificados pelos órgãos ambientais locais.

Óleo de cozinha
Muitas pessoas jogam o óleo de cozinha na pia ou no bueiro. Mas essa medida não é recomendada, pois, além de causar danos ambientais, pode prejudicar o encanamento. O correto é armazenar o óleo velho e entregá-lo a ONGs e postos de coleta. Na Grande São Paulo, o Instituto Triângulo (www.triangulo.org.br), com sede em Santo André, realiza este trabalho.

Objetos cortantes
Estes materiais merecem cuidado especial, principalmente porque podem machucar as pessoas. Para quem pretende descartar cacos de vidro, garrafas ou mesmo copos quebrados, se eles forem pequenos, é possível colocá-los em uma garrafa PET. Caso os vidros sejam grandes, é recomendado embalá-los com papelão e fita crepe. Mas, é necessário escrever na embalagem que contém vidro para alertar aqueles que manusearem os pacotes.

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