Mudanças na forma de trabalhar que adquirimos com o home office
Postado em 27 de agosto de 2021
Amigo leitor, estão sendo realizados vários estudos sobre o Trabalho Remoto, dentre eles podemos elencar alguns resultados das últimas pesquisas, onde 58% dos pesquisados confirmam que estão bem contentes com o home office, versus 36% de pessoas confortáveis e 6% descontentes.
A pesquisa avaliou ainda a dificuldade de trabalhar com equipe remota: 91% classificou a atividade como muito parecida com o normal, muito fácil, ou fácil, e apenas 9% responderam que é difícil.
Apesar desses números, a pesquisa mostra que ainda existem arestas para serem aparadas. Pois ao mandar uma mensagem de trabalho atualmente, você talvez esteja usando as mesmas plataformas que usa para conversar com amigos e familiares, ou quem sabe você esteja cansado de tantas videoconferências. Dificuldades como a mudança e adequação da estrutura física e estresse a mais são alguns dos problemas mais vivenciados no trabalho durante este período de pandemia. Por outro lado, o trabalho tem um viés de ser mais flexível e produtivo, e desta forma as empresas devem ficar mais atentas e investir na saúde mental dos seus colaboradores.
Sendo assim, hoje temos as seguintes mudanças trazidas pelo trabalho remoto:
A — WhatsApp e Meet se transformaram em ferramentas oficiais de comunicação, os números demonstram que os aplicativos mais usados são WhatsApp (66,9%), Google Meet (60%), Zoom (44,6%), Microsoft Teams (35,4%) e Slack (23,1%).
Existem alguns perigos de misturar trabalho com o WhatsApp. O primeiro é combinar mensagens corporativas com as mensagens pessoais. Além de diminuir o foco do colaborador, desligar-se do trabalho em momentos de descanso pode se tornar um desafio. Outro problema é o compartilhamento de dados sensíveis.
B – Ter uma estrutura de trabalho adequada se transformou em um desafio aos colaboradores
Tanto nas empresas que adotaram o trabalho híbrido quanto nas que adotaram o trabalho remoto, a maior dificuldade apresentada pelos colaboradores é a falta de estrutura — como internet e um local para trabalho. 51,5% dos colaboradores em home office e 47,6% dos colaboradores em trabalho híbrido citam o problema. Outra dificuldade apontada é o grande número de reuniões via videoconferência; manter foco; manter organização; manter comunicação interna e manter horário comercial.
C – Controle de Jornada e Ponto
Ao adotar o home office, 41,5% das empresas suspenderam o controle de ponto. Outras 13,8% já tinham um sistema de registro on-line de horários de trabalho. Já 18,5% não registravam ponto anteriormente, enquanto 26,1% utilizam outro modelo.
D – Desafio da Produtividade em jornadas híbridas e remotas
A pesquisa pediu para os profissionais de recursos humanos entrevistados avaliarem a manutenção da produtividade em uma nota que vai de 1 até 5. A maioria dos entrevistados em empresas que adotaram a jornada híbrida apontou nota 4 em produtividade (45,2%).
A próxima resposta mais comum é 5 (34,2%). A avaliação entre os que adotaram a jornada remota é ainda mais positiva. 56,1% dos entrevistados deram nota 5 e 30,8% deram nota 4 para a manutenção da produtividade.
E — Empresas preveem jornadas mais flexíveis e mais remotas
O mesmo sistema de notas foi usado quando os entrevistados responderam se a jornada de trabalho se tornaria mais flexível no futuro. Nas empresas que adotaram a jornada presencial, as respostas mais comuns foram 3 e 4 (29,1% cada).
Nas empresas com jornada híbrida, as notas mais comuns foram 5 (39,3%) e 4 (33,3%). Nas empresas com home office, as notas mais comuns também foram 5 (56,1%) e 4 (26,1%).
F — Jornadas também devem ser mais pautadas por produtividade
Outra pergunta respondida pelos profissionais foi se a jornada de trabalho será pautada por produtividade.
Novamente as companhias presenciais responderam principalmente as notas 3 e 4 (32,7% cada). As companhias híbridas apontaram principalmente as notas 5 e 4 (36,9% cada). Por fim, companhias remotas apontaram mais as notas 5 (46,1%) e 3 (22,3%).
G — Funcionários ficam mais estressados, e empresas investirão mais em saúde mental
Não importa o formato de jornada adotado, as pesquisas demonstram que a saúde mental dos trabalhadores tende a piorar. Estudos indicam que a porcentagem de colaboradores que terão mais estresse é de 37,2% (presencial), 39,3% (híbrido) e 39,2% (home office). Já a porcentagem que acredita que o investimento na saúde mental vai crescer é de 36,4% (presencial), 36,9% (híbrido) e 49,2% (home office).