Zumbido no ouvido atinge mais de 28 milhões de pessoas no Brasil

Barulho afeta qualidade de vida, realização de tarefas cotidianas e pode causar insônia e depressão

Postado em 26 de fevereiro de 2018

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Mais de 28 milhões de brasileiros convivem diariamente com um barulho contínuo, que atrapalha nas tarefas do dia a dia, mas que acontece somente dentro da sua cabeça. É o zumbido no ouvido. O dado é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta ainda que o problema atinge cerca de 280 milhões de pessoas no mundo.

Muito incômodo, o zumbido no ouvido afeta diretamente a qualidade de vida da população e atrapalha a execução de ações rotineiras como estudar e trabalhar. E ainda pode causar insônia e depressão. Muitos pacientes descrevem o problema como um barulho que lembra o som de vôo da abelha ou da cigarra, mas há também quem compare o som a um apito, cachoeira ou chiado da panela de pressão.

“O zumbido é uma alteração no sistema auditivo que faz com que a pessoa ouça um som que não está sendo gerado no ambiente. Geralmente, durante o dia, o zumbido é mascarado pelos sons diurnos do cotidiano da pessoa e piora à noite quando há maior silêncio”, explica o otorrinolaringologista, Dr. Mohamad Saada.

Sintoma

De acordo com o médico, o zumbido não é uma doença e sim um sintoma de alguma enfermidade. Por isso, é muito importante que a pessoa com esse problema procure um profissional da saúde para investigar a causa do zumbido e, dessa forma, realizar o tratamento correto ao problema.

“É preciso realizar uma investigação sobre os hábitos alimentares, doenças pré-existentes, se há tontura, fatores que melhoram ou pioram o quadro. Para descobrir a causa são realizados alguns testes além de um exame físico completo. Também pode ser necessário alguns exames específicos para avaliar o labirinto (otoneurológico), exame de audição (audiometria), exames de sangue e exames de imagem”, detalha o otorrino.

As principais causas do zumbido são a perda auditiva, que pode acontece por conta da idade, uso de alguns medicamentos ou por infecções, diabetes, aumento do colesterol e triglicérides, alterações hormonais, problemas cardiovasculares e até distúrbios psiquiátricos, como depressão e ansiedade.

Tratamento

Após identificar a causa, é preciso avaliar qual tipo de tratamento é mais adequado. Em alguns casos, a eliminação dos “gatilhos” que iniciam ou pioram o desconforto, como chocolate, sal e cafeína, álcool e cigarro, já são eficazes. Outros pacientes necessitam de medicamentoso a base de vasodilatadores, anticonvulsivantes, ansiolíticos ou depressivos, ou ainda outros tipos de tratamentos que incluem uso de aparelhos que fazem com que a pessoa se habitue com o zumbido e não tenha mais incomodo com aquele som.

“Muitos casos têm cura ou podem se estabilizar, principalmente quando o diagnóstico é feito precocemente. Por isso, é importante que o paciente procure o médico assim que perceber o problema”, finaliza.

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