O que é educação socioemocional?

Postado em 8 de março de 2023

Para além do ensino cognitivo, também é papel da escola ajudar os estudantes a lidarem com as suas próprias emoções e, assim, melhorar a relação com eles próprios e com o próximo. Para isso, entra em ação o conceito de educação socioemocional, habilidade exigida, inclusive, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Este é um tema cada vez mais importante dentro da sociedade e que vem sendo cobrado no mercado de trabalho, afinal, adultos bem equilibrados tendem a se tornar profissionais e cidadãos melhores. Isso significa que a educação socioemocional deve estar presente em todos os níveis da nossa vida, do ensino infantil até a idade adulta.
Com a educação socioemocional busca-se a formação de estudantes de forma completa e com as habilidades necessárias para a vida em sociedade.
A educação socioemocional envolve o aprendizado e desenvolvimento de habilidades comportamentais para lidar consigo mesmo e com o resto da sociedade. Tais habilidades incluem empatia, paciência, autoconhecimento, autonomia, resiliência, criatividade, comunicação assertiva, entre outras. Assim, o enfoque se direciona à formação do aluno enquanto indivíduo social.
Todas elas favorecem o desenvolvimento saudável das crianças e dos adolescentes, dando condições para que se desenvolvam de forma equilibrada como cidadãos e indivíduos.
Em termos práticos, trabalhar a educação socioemocional com os estudantes ajuda a deixá-los mais engajados no processo de aprendizagem e confiantes no potencial que possuem. Ao mesmo tempo, reduz os casos de bullying, melhora o desempenho cognitivo e diminui os casos de indisciplina.
Entretanto, para que todos esses benefícios ocorram é preciso entender os quatro pilares estruturantes da educação socioemocional: emocional – tem relação com o autocontrole e o autoconhecimento; comportamental – relacionado à perseverança, persistência e responsabilidade; cognitivo – inclui aspectos ligados, por exemplo, à empatia; psicossocial – trabalha a questão de resolução de conflitos, comunicação assertiva e outros.
Pela amplitude do tema, ele deve ser abordado em todos os níveis dentro da escola. Isso significa não apenas desenvolvê-lo com os alunos em sala de aula, mas realizar treinamentos com os professores e a equipe de gestão. Também não se pode esquecer de garantir uma parceria com as famílias dos estudantes, porque o intuito, nessa abordagem, é criar uma rede de apoio entre todos os envolvidos na educação das crianças e dos adolescentes.

Por: Alecsandra Dias Barbosa
Psicopedagoga e Neuropsicóloga do CEAI – Centro Educacional Arco-Íris Nova Geração
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