E, se…

Postado em 8 de setembro de 2017

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Antes de tudo gostaria de deixar claro: este artigo nada mais é que a releitura de um artigo escrito por Eugênio Mussak, maravilhoso escritor, poeta, filósofo e colunista (é assim que eu o vejo).
O texto é sobre a expressão “E, se…”, que, na verdade, parece tão insignificante e tão simples, mas sem dúvida faz toda a diferença, principalmente quando se refere aos sonhos das pessoas.
Vamos falar de nós, o que sentimentalmente é mais difícil do que falar do outro, mas vamos combinar, isso acontece muito conosco em nosso dia-a-dia, portanto é de suma importância que pensemos com compaixão antes de detonarmos alguém quando este nos apresenta um sonho, ou um projeto, ou um ideal, ou mesmo um desejo, e nós, mal acabando de ouvir e dentro de uma lógica muito simplista, de imediato damos o nosso veredicto e a nossa opinião: “Nem pense em fazer isto, é um absurdo, você vai se dar mal…” e aí por diante.
Desta forma, como diz o ditado popular: jogamos um balde de água fria em cima, usando ainda os seguintes argumentos chavões: “Estou falando para o seu bem…” ou “Você é quem sabe, mas depois não diga que eu não avisei…” e assim vai, vai, vai…
Meu Deus! Ontem mesmo isto aconteceu comigo ao apresentar um sonho que queria realizar, pois logo fui puxada para a realidade: “Isto não vai dar certo…”. Como dói, principalmente para alguém que é do signo da Lua e que vive a sonhar, sonhar, sonhar.
Logo em seguida deparei-me com o texto de Eugênio Mussak e resolvi fazer dele uma releitura, acreditando que ele vai nos ajudar, pois quem de nós nunca foi vítima ou algoz de tal situação?
Essa expressão de apenas duas palavras pode, realmente, construir ponte ou derrubar muro e, assim, muito ajudar, tanto nas relações pessoais como nas profissionais.
Vamos pensar nisso?
Ao invés de negar de imediato, mesmo sendo o nosso sentimento, que tal usarmos a alternativa: “E, se…”. Isso equivale a não colocarmos uma barreira no meio do caminho, e sim em pensarmos em construir um atalho que possa vir a indicar uma nova e possível passagem.
O “E, se…” é muito mais virtuoso, ele não encerra o assunto, ele não critica a ideia, não ofende, não machuca e nem sugere que o interlocutor é, no mínimo, louco. Com isto, não nos torna arrogantes e coloca o entusiasmo do outro na mesma posição da razão.
O “E, se…” tem a sua aplicação instantânea nas pequenas propostas que se apresentam em nosso cotidiano, fazendo com que aquele que está ansiosamente esperando pela sua concordância se desloque do seu sonho e venha para a real, com a certeza de que poderá alcançá-lo mesmo que não seja por ali o caminho e não significando que tudo está encerrado.
Que tal nos esforçarmos para tanto, em especial com os mais próximos (cônjuges, filhos, pais, chefes, subalternos, colegas etc.), porque este “E, se…” tem a força de salvar relacionamento, amizade, empresa, projeto e tudo mais que for necessário.
O feito é melhor do que o perfeito.
Esta expressão demonstra que nem tudo na vida precisa ser perfeito, exatamente da maneira como idealizamos e sonhamos, pois, se já foi feito, mesmo que não esteja perfeito, é isto que vai valer. Muitas vezes, o caminho do meio tem tanto valor quanto o caminho idealizado, que geralmente tem somente duas vias: ou é ou não é, não se apercebendo que existe a via do meio isenta das extremidades e que, em geral, é a melhor escolha.
Por isso, que tal pensarmos que, por mais estranha e inadequada seja a proposta do outro, ela sempre merece a nossa compaixão e um amoroso “E, se…”.
Deixemos de lado a nossa oposição, não proferindo a enfática, arrogante e humilhante negativa.
Comecemos, a partir de agora, a ouvir com mais atenção o outro e a oferecer-lhe um caminho alternativo.
Se não pode dar amor ao próximo, dê, no mínimo, compaixão.

Por: Cândida Possebon (Arujá / SP)
Profissional & Self Coach – PSC
Cert.6097 – IBC Instituto Brasileiro de Coaching
Pós Graduada em Coach Life
Certificada em Coach de Relacionamento
candidapossebon.wix.com/transformandovidas
Contato: 97450-7135
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