Advocacia na pandemia, uma nova realidade

Postado em 1 de abril de 2021

A pandemia mundial provocou uma redefinição das relações pessoais, sociais e profissionais em todo o planeta, o que não foi diferente para advocacia. Do mais modesto escritório, até as grandes bancas de advocacia, todos, sem exceção, sofreram os efeitos nefastos, mas desafiadores, de um novo modo de vida, de trabalho.
Desde a última década o cenário operacional jurídico brasileiro passa por modificações, como a implantação de novos serviços digitais, sistemas, aplicativos, enfim, um manancial de ferramentas que buscam dar celeridade aos processos e aos trabalhos dos advogados e demais operadores do Direito. Nesse contexto, a pandemia simplesmente provocou um “empurrão” nesse ferramental.
Sistemas e aplicativos foram aprimorados para realização de audiências virtuais, serviços forenses, tudo no módulo não presencial. Além da praticidade, economia, celeridade trazidos, por exemplo, pelo trabalho remoto. Escritórios estão deixando seus advogados utilizarem espaços de coworking mais próximos de suas residências, ou ainda, criando pequenos escritórios satélites em bairros ou macrorregiões. Advogados autônomos também buscaram por novas formas de continuarem a desenvolver o seu trabalho, sem limitação de espaços, deixaram as sedes físicas, para trabalharem remotamente e contrataram planos de “escritórios virtuais”, ou compartilhamento de salas, a fim de reduzirem custos. Com uma infraestrutura mais enxuta e robusta, é possível economizar nesse período de dificuldades e com a retomada gradativa das atividades, ajustar o formato de trabalho conforme suas necessidades. Com os recursos tecnológicos disponíveis, é possível se adaptar e oferecer o melhor trabalho com uma equipe preparada e motivada, alocada em qualquer lugar do mundo, onde devemos focar nossas habilidades naquilo que realmente importa, ou seja, prevenir, mitigar e resolver demandas e conflitos. Esse novo cenário de produção exige dos advogados planejamento de custos, capacitação, disciplina, liderança, tudo sem perder o foco no bom atendimento ao cliente, mesmo sob a nova tábua da distância física. Com tais barreiras, do atendimento ao cliente, das audiências, tudo a distância, o advogado deve utilizar toda tecnologia que lhe é posta, contudo, não pode “distanciar-se”. A relação “advogado x cliente” não pode “esfriar”. Logo, o advogado intermediador, com perfil mais flexível, humano, empático, comunicador, acessível, ganha destaque, num cenário atípico para a sociedade, com tantos problemas e incertezas.

Por: Eduardo Rodrigues Pinhel
Advogado, especialista em Didática do Ensino Superior, Direito Público, Empresarial e Penal.
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