O paradoxo entre mentiras e verdades

Postado em 10 de dezembro de 2024

Em uma propaganda feita pela W/Brasil na década de 1987, o publicitário Washington Olivetto descreveu um personagem da história dizendo apenas verdades sobre ele, no entanto contando mentiras. Acompanhe, na integra, o texto a seguir:
“Este homem pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de seis milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar. Aumentou o lucro das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de marcos e reduziu a hiperinflação a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem, imaginava seguir a carreira artística.” Esse personagem foi Adolf Hitler.
No universo das informações que recebemos todos os dias, somos bombardeados por posts, propagandas, notícias de vários veículos de comunicação, isso nos dá a segurança de estarmos a par de todas as verdades, e o paradoxo que encontramos aqui é justamente o fato de que podemos ouvir “verdades” que são mentiras. Joseph Goebbels, ministro da Propaganda na Alemanha Nazista dizia: “Uma mentira dita mil vezes, torna-se verdade.”
Por isso precisamos tomar muito cuidado com as informações que recebemos, se as fontes são confiáveis, ou se de fato não estamos “levando gato por lebre”.
Quando estou em dúvida sobre o que escuto ou vejo, me pergunto e peso os seguintes valores: Eu encontro verdade, justiça, honra, experiências confiáveis nessas informações?
Em uma carta o Apostolo Paulo escreveu: “Quanto ao mais, queridos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. Fl. 4:8
Vivemos tempos em que todos falam sobre a “verdades”, muitos dizem ter “valores”, no entanto a grande questão é: Qual o preço da verdade? Valores são “produtos” negociáveis?
Então penso na propaganda de Olivetto e me questiono: qual a régua que estou utilizando para medir as informações que chegam até mim? Vale a pena apostar “minhas fichas” em algo, no mínimo duvidoso, sem experiência comprovada, em mentiras disfarçadas de verdades? Entendo que muitas informações podem, até num primeiro momento encher nossos olhos, porém quando expostas a luz, todas as coisas se mostram como realmente são, e só o que é genuíno permanecerá! A pergunta é: de que lado estarei?

Por: Paulo Demétrio Volpi Ramos
Diretor do Colégio Hipercubo Bilíngue
30 anos de experiência na educação, trabalhando no Ensino Superior, na Secretaria da Educação de São Paulo e nos principais colégios particulares do Estado de São Paulo
Formação:
• Pós-graduação em Gestão Escolar – USP
• Pós-graduação (especialista) – Universidade Guarulhos – UnG. (História: política, cultura e sociedade).
• Pós-graduação – Práticas Pedagógicas Inclusivas – Faculdade Do Estado De São Paulo
• Licenciatura plena em História – Universidade Guarulhos – UnG.
• Licenciatura Plena em Geografia – Universidade de Minas Gerais
• Bacharel em Teologia – Faculdade Cristã Ibebense de Teologia/ IBB
• Convalidação em Bacharel em Teologia – UNIFAI – Pontifícia Faculdade Católica
• Licenciatura Plena em Pedagogia – UNINOVE
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