Câncer de pele

Postado em 17 de dezembro de 2018

Dezembro é o mês de conscientização da prevenção do câncer de pele. É o tipo de câncer mais prevalente na população mundial, respondendo por 33% de todos os diagnósticos de tumores malignos no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos.
De uma forma geral, o câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. Pessoas de pele e olhos claros e sensíveis à ação dos raios solares são as principais vítimas e a exposição excessiva ao sol é a principal causa. O risco também aumenta quando há casos registrados de câncer de pele em familiares de primeiro grau.
Podem se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc.
O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém com grande incidência. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, que apresentam altos percentuais de cura, se forem detectados precocemente.
Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele devido à sua alta possibilidade de metástase. Mas, embora o seu diagnóstico normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90% quando há detecção precoce da doença. Em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, a “pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento.

Uma regra adotada internacionalmente é a do “ABCDE”, que aponta sinais sugestivos de tumor de pele do tipo melanoma:
Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
Bordas irregulares: contorno mal definido;
Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
Diâmetro: maior que 6 milímetros;
Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).
Por isso é importante observar a própria pele constantemente e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita. E vale lembrar que uma lesão considerada “normal” para um leigo pode ser suspeita para um médico. Previna-se, visite seu dermatologista regularmente.

Por: Dra. Gabriela Capareli
CRM: 131.079 / RQE: 50304
Dermatologista com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia Formada pela Universidade Federal Fluminense
Especialista em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
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