As micoses e o verão

Postado em 16 de dezembro de 2019

O verão é a estação climática perfeita para o aparecimento das micoses. Isso porque as altas temperaturas e a umidade formam as condições ideais para a colonização e proliferação dos fungos, especialmente na pele, nas unhas e no couro cabeludo, de qualquer pessoa, independentemente de sexo ou faixa etária.
Além da condição climática, outros fatores podem predispor a micose, como hábitos de higiene inadequados, uso frequente e prolongado de calçados fechados, roupas justas ou molhadas e até sistema imunológico enfraquecido por conta de algumas doenças.
O interesse maior pela prática esportiva e pelo contato com a natureza são outros fatores que têm aumentado o risco de exposição a ambientes contaminados por fungos.
A grande maioria dos casos são infecções superficiais, não acometendo circulação sanguínea ou camadas mais profundas da pele. Dependendo da região acometida, os sintomas podem variar desde ardor, coceira, inflamação ou descamação da pele até deformações nas unhas e perda de cabelo.
O tratamento das infecções fúngicas vai depender do tipo de micose, localização e extensão. Se não for tratada adequadamente, a doença pode ficar bastante incômoda e dolorosa. Em geral, os tratamentos das micoses costumam ser simples e rápidos, com o uso de medicamentos tópicos sob a forma de loções, cremes e spray, mas em alguns casos se faz necessário o uso de medicação oral.
A prevenção é sempre o melhor caminho para se evitar infecções fúngicas. Por isso algumas dicas são importantes:
1. Usar somente o próprio material ao ir à manicure;
2. Evitar o contato prolongado com água e sabão e, após o banho, secar muito bem as axilas, virilhas e entre os dedos dos pés;
3. Não andar descalço em locais que sempre estão úmidos, como vestiários, saunas e lava-pés de piscinas;
4. Evitar ficar com roupas molhadas por muito tempo;
5. Não compartilhar toalhas, roupas, escovas de cabelo e bonés, pois estes objetos podem transmitir doenças;
6. Não usar calçados fechados por longos períodos. Dar preferência aos mais largos e ventilados. Se possível fazer rodízio de sapatos, trocar as meias diariamente e usar talcos antissépticos;
7. Evitar roupas muito quentes e justas e aquelas feitas de tecidos sintéticos, pois não absorvem o suor, prejudicando a transpiração da pele.
E, na presença de qualquer sinal ou sintoma suspeito, buscar ajuda com o médico dermatologista, visando sempre o tratamento correto, evitando assim que se transmita a doença para outras pessoas.

Por: Dra. Gabriela Capareli
CRM: 131.079 / RQE: 50304
Dermatologista com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
formada pela Universidade Federal Fluminense
Especialista em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
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