Síndrome do pânico: definição, sintomas e tratamento

Postado em 2 de julho de 2017

Síndrome do pânico

Atualmente, muito se ouve falar sobre ansiedade. É inegável que ela está presente em nosso cotidiano, mas e quando se torna excessiva e nos paralisa de medo, preocupação e gera crises de pânico? Ninguém está blindado ao ataque de pânico, porém precisamos olhar mais atentamente quando os ataques se tornam frequentes, comprometendo a vida social do indivíduo.
De acordo com o DMS V (manual de diagnóstico e estatística dos transtornos mentais), o transtorno de pânico é definido como ataques recorrentes de ansiedade, acompanhados por medo excessivo de concluir tarefas cotidianas, temendo que novas crises possam ocorrer. Manifestam-se sintomas físicos e emocionais, muitas vezes acompanhados de sensação de enlouquecimento, perda de controle ou a sensação de morte proeminente. Para ilustrar de uma forma fácil, podemos imaginar as crises de pânico como um carro com o alarme desregulado, que emite a sirene mesmo quando não há arrombamento. Ocorre de forma inesperada, pegando a pessoa desprevenida em situações tensas, aglomeração, trânsito, lugares fechados ou também em situações tranquilas como um almoço em família.

Causas
As causas variam de indivíduo para indivíduo: algum trauma, pressão excessiva externa ou interna, estresse e pré-disposição são alguns exemplos. De acordo com a OMS as crises são mais frequentes em adolescentes e jovens adultos. Muitas vezes o paciente acredita estar com uma doença física, antes de chegar ao diagnóstico da síndrome do pânico, fazendo com que esse procure uma unidade de pronto atendimento quando a crise se manifesta.

Sintomas, como identificar
Os sintomas ansiosos, se não tratados, podem persistir por meses ou até anos. Dentre eles estão: taquicardia, dor no peito, falta de ar (levando a pessoa a acreditar que está tendo um infarto), hiperventilação, tontura, ondas de calor, calafrios, sudorese, cefaleia, vertigem, sensações de formigamento, sensações de irrealidade, sensações de despersonalização, medo de perder o controle e medo de morrer. Em um ataque de pânico podem ocorrer de quatro sintomas para mais.
Com a recorrência dos ataques, surge também o temor de que estes aconteçam novamente, tornando comum esquivar-se de diversos lugares e situações. Em alguns casos mais intensos os portadores da síndrome deixam de sair de casa e não conseguem ficar sozinhos. Os sintomas podem durar de 5 a 30 minutos geralmente, não passam de uma hora e podem vir acompanhados de uma grande frustração, angústia, irritabilidade e vergonha.

Tratamento e prevenção
É fundamental salientar que o apoio e aceitação de amigos e familiares ajudam muito no processo de melhora; motivando a pessoa a procurar por tratamento, se possível, com o auxílio de uma equipe multidisciplinar que poderá cuidar do paciente para um tratamento mais efetivo. Também é necessária a ajuda de um psiquiatra para fechar o diagnóstico e, se for preciso, prescrever medicamentos. O tratamento deve ser acompanhado de psicoterapia, para investigar sobre a vida do paciente e seu histórico, ademais o psicoterapeuta acolherá seu sofrimento e auxiliará nas mudanças.
A prática de exercícios físicos e uma boa alimentação contribuem significativamente para a melhora. Com o tratamento, a pessoa estará preparada para lidar com as crises, caso essas aconteçam novamente; na maioria dos casos as crises diminuem consideravelmente e muitas vezes são extintas, trazendo ao paciente uma qualidade de vida melhor e mais prazerosa.

Dayana Maruyama (Arujá/SP)
Psicóloga clínica
CRP:06/134852
JM Consultórios

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