Realidade: o que é?

Postado em 21 de setembro de 2018

Estimado (a) leitor (a), a maneira como encaramos as coisas costuma ser bem mais importante do que a maneira como as coisas são e, na maioria das vezes, sofremos por ignorar essa questão. Muita gente, diante de circunstâncias adversas, por exemplo, diz: “É preciso aceitar a realidade”. Mas, o que é realidade?

Certamente é algo que não se pode saber. Quando essa tal de realidade passa por nossos sentidos, é, seja por assim dizer, sentida. Ao ser sentida já não é ela mesma e sim uma sensação, uma interpretação sensorial. Uma mesma flor, que o ser humano vê como sendo, por exemplo, totalmente amarela, um inseto enxerga praticamente branca nas extremidades e avermelhada no centro, porque o inseto necessita do pólen e a parte avermelhada é onde se encontra o pólen. Isso já foi provado mediante instrumentos ópticos.

Então, qual é a real cor dessa flor? Sobre essa questão, como metáfora de todas as coisas, um poeta disse: “Coisa alguma é verdade e coisa alguma é mentira. Tudo é conforme a cor do cristal através do qual se olha!”.

Disso concluo que tudo é, indubitavelmente, um sonho, uma ilusão, uma espécie de delírio.

Quem pretende ser feliz, não pode, jamais, acreditar poder encontrar, na realidade das coisas, a felicidade. Só temos a sensação de realidade e a partir disso formulamos opiniões sobre o que, em nosso ver, ela seja.

Imagine que está no alto de uma montanha, observado uma pedra bem mais abaixo e, de repente, uma águia sobrevoa sua cabeça observando, também, a tal pedra. Como veem você e a águia?

Talvez, o que você vê como pedra, nem seja mesmo uma pedra. Talvez seja uma enorme tartaruga! Se for mesmo uma pedra, sua visão é limitada demais para ver “aquele lagarto tomando sol” sobre ela, enquanto que, a águia, enxerga-o.

O que e quem é grande, pequeno, magro, gordo etc.?

A ervilha na palma de sua mão é pequena, obviamente. Ponha diante de uma bem minúscula formiga e, do ponto de vista da formiga, pergunte a si mesmo: a ervilha é pequena, grande ou gigantesca?

Nossa vida é uma espécie de sonho com partes ruins ou pesadelo com partes

boas. Cada pessoa é que decide o que vai predominar na vida, a parte sonho ou a parte pesadelo!

Definitivamente, a realidade que me fará feliz, será aquela que eu mesmo, da melhor maneira possível, criar para mim. Nossas atitudes perante os fatos valem mais do que os fatos em si e são capazes de gerar os fatos que desejamos.

Até nosso próximo encontro. Sucesso e qualidade de vida!

Julio Cesar – Jornalista, psicanalista, teólogo, artista plástico, diretor-executivo em Editora Gaivotas e diretor-geral da Gaivotas – Centro de Estudos.
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E-mail: julio.cesar@editoragaivotas.com.br

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