Um mês após o início do Outono, as temperaturas já diminuíram e o tempo está mais seco. O resultado dessa mudança climática é o aumento na quantidade de casos de infecções respiratórias, gripes e alergias, sobretudo em crianças e idosos. Isso acontece porque a baixa umidade do ar deixa o sistema respiratório mais sensível e “abre portas” para entrada de diversos vírus e bactérias.

Entre as doenças mais comuns nas crianças estão gripes (vírus Influenza A e B) e resfriados, bronquiolite, crises de asma, rinites e sinusites e o VSR (vírus sincial respiratório). Entre os adultos, os registros mais comuns são de gripe e resfriado, infecção respiratória, pneumonia, bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica. Além de conjuntivite, que também pode atingir adultos e crianças.

Pessoas imunodeprimidas, que estão mais sensíveis por conta de tratamentos de saúde como quimioterapia ou com corticóides, e portadores de doenças reumatológicas são os que mais sofrem com o ar seco do outono.

“Com a mudança de temperatura e o tempo seco do Outono, acontecem duas situações complementares: as pessoas ficam com o sistema respiratório mais sensível e muitos vírus se multiplicam com mais facilidade. Além disso, nessa época há mais aglomeração de pessoas e costumamos manter as janelas fechadas para esquentar. Essas fatores resultam no aumento dos casos de doenças no sistema respiratório”, detalha o otorrinolaringologista Mohamad Saada, da Clínica Respirar.

 Prevenção

Para se proteger das doenças de Outono, o otorrino dá algumas dicas preventivas, entre elas: evitar lugares fechados e com aglomeração, umidificar o ambiente colocando bacia de água com toalha, lavar sempre as mãos, tomar bastante líquido não açucarado, além de manter cortinas, persianas, tapetes e bichos de pelúcia sempre higienizados. Manter em dia as vacinas previstas no calendário nacional e as anuais de gripe também é uma atitude muito importante para a prevenção.

“Essas ações preventivas visam deixar o ambiente ‘mais saudável’ e o corpo mais forte pra combater os vírus. Mas, além delas, é sempre importante ficar de olho nos sintomas mais comuns como tosse, febre, coriza, falta de ar e expectoração amarelada e, ao primeiro sinal deles, procurar um médico”, informa o otorrino Mohamad Saada.