Os 5 maiores desafios da educação básica e as maneiras de solucioná-los

Postado em 3 de julho de 2019

Apesar dos inúmeros caminhos sugeridos para a educação básica brasileira, o consenso que emerge entre educadores, pais e estudantes é único: a educação no País está em crise.
Os números provam as falhas. Mais de 60% dos alunos do quinto ano não conseguem interpretar textos simples, tampouco fazer cálculos matemáticos básicos.
São tantos os motivos para esse problema educacional que começa em casa com a falta de autoridade dos pais sobre os filhos, a transferência de responsabilidade da educação informal para a escola e a falta de recursos desta.
Mas como de nada adianta viver lamentando as situações sem que algo para melhorá-las seja feito, listamos aqui 5 ações que podem ajudar a solucionar os desafios que hoje encontramos na educação básica de nosso País. Confira!

Melhoria da educação básica
Muitos alunos numa única sala, sem estrutura, passando poucas horas, e professores mal remunerados. A solução seria um investimento maciço em escolas preparadas com laboratórios, computadores, bibliotecas e aumento salarial para os professores, mas com um programa de educação continuada a eles. Os países mais desenvolvidos são justamente aqueles que mais investem em educação.

Mais acesso à escola
A meta inicial do Plano Nacional de Educação (PNE) previa que crianças de 0 a 3 anos de idade deveriam ter acesso à creche e escolas, mas não foi atingida em 2010, data final da meta, postergada para 2020. O déficit é tão grande que apenas 23,5% das crianças estão matriculadas nas creches. Entretanto, a solução não é apenas aumentar o número de vagas, mas garantir que haja qualidade no ensino.

Carga horária x vagas
O brasileiro passa pouco tempo nos bancos escolares durante sua vida como aluno, ao contrário da maioria dos países desenvolvidos, onde o aluno fica tempo integral. É preciso que a carga mínima de 800 horas anuais seja cumprida, distribuídas em 200 dias letivos. Isso asseguraria tempo para trabalhos escolares e plano de desenvolvimento.

Fortalecimento da escola pública
Inclusão de alunos com deficiência, tratamento à diversidade em todas as suas esferas e organização da grade curricular. O fortalecimento da escola pública nestes (e outros) aspectos passa por uma gestão participativa e democrática. Neste modelo, os pais participam da vida escolar dos filhos com voz ativa. Num modelo baseado na parceria escola-comunidade, o gestor passa a ouvir opiniões e sugestões.

Modelo distorcido de formação de docentes
França e Alemanha têm instituições dedicadas exclusivamente à formação de professores. No Brasil, o professor aprende o conteúdo que precisa ensinar (como Português, Geografia e História), mas não aprende especificamente didática e pedagogia.
Outro agravante é que o professor aprende a dar aula e trabalhar com um modelo específico de aluno, considerado o ideal, longe da realidade heterogênea e diversificada tanto cultural quanto social e econômica que estamos inseridos.
Criação de institutos dedicados à formação de professores, programas de educação continuada e certificada, com avaliação constante deste aprendizado e um novo currículo dos docentes estão entre os caminhos para reverter este modelo distorcido atualmente empregado.
Diferente das necessidades da década passada, a educação de hoje enfrenta outros desafios. Existem hoje vários tipos de carreiras que sequer eram conhecidas.
Muito do que já foi feito em países desenvolvidos sequer começou no Brasil. Porém, toda e qualquer mudança passa pelo engajamento da sociedade no assunto.
O que você acha sobre essas formas de melhorar a educação em nosso país? Possui alguma outra ideia que poderia contribuir? Deixe seu comentário contando pra gente e participe dessa conversa!

Fonte: www.escolaemmovimento.com.br
Compartilhar

Outros Posts