Obesidade oculta

Será que você que se considera magro está livre desta doença?

Postado em 19 de dezembro de 2017

Obesidade oculta

A obesidade é uma doença de âmbito global, sendo uma importante causa de doenças cardíacas, diabetes e aumento do risco de câncer. Uma revista australiana publicou um artigo em julho de 2017 onde se observou que nos países desenvolvidos até 90% dos homens adultos, 80% das mulheres e 50% das crianças têm uma porcentagem de gordura corporal problemática para a saúde.
Atualmente o IMC (Índice de Massa Corporal) é o preditor de peso saudável mais utilizado em todo o mundo. Este relaciona a altura e o peso total da pessoa, entretanto esta fórmula não avalia o excesso de gordura corporal. Diversos estudos indicaram que muitas pessoas que se consideram magras ou um pouco acima do peso, mas que possuem uma porcentagem de gordura elevada, têm níveis de pressão arterial, insulina ou inflamação característicos de obesos.
Quando se fala de obesidade logo vem à memória pessoas muito acima do peso que usam roupas de tamanhos extra grandes, mas já parou para pensar que você que se considera magro pode ter uma obesidade oculta?

O que é obesidade oculta?
É um termo que deriva do inglês TOFI (Thin Outside Fat Inside), magras por fora e obesas por dentro. Abrange pessoas magras, dentro de um IMC normal, mas com um percentual de gordura corporal elevado, principalmente na região abdominal.

Como podemos suspeitar?
Quantas pessoas nós conhecemos que são magras, têm uma péssima alimentação, são sedentárias e podem apresentar alguns exames alterados, como a glicemia elevada, pressão alta e esteatose hepática (“gordura no fígado”)? Estas pessoas são fortes candidatas a portarem obesidade oculta.

Como diagnosticar esta doença?
É de extrema importância que seja avaliada pelo seu médico para identificar a causa e só então sejam tomadas as escolhas de tratamento, geralmente multidisciplinar (principalmente médico, nutricionista e educador físico). Um exame de grande valia é o de bioimpedância, pois nos mostra a distribuição da composição corporal, evidenciando o percentual de gordura, com um custo relativamente baixo. O exame padrão ouro é o DEXA (densitometria por dupla emissão de raios-X), sendo o mais preciso, entretanto menos prático e com custo mais elevado.
Priorize uma qualidade de vida com alto grau de saúde e não apenas uma estética corporal sem o mínimo de equilíbrio.

Dr. Flávio Nishiyamamoto
Médico CRM 167.805
Endocrinologia e metabolismo
Contato (11) 99849-1306 / 4858-1081
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