O que fazer para não perder o implante dentário

Postado em 1 de março de 2018

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É importante deixar claro que: não existe rejeição em implantes dentários.Eles são cofiáveis, seguros e com índices de sucesso próximo a 100%. Nossa, então por que perdi meu implante? Estava tudo bem e de repente caiu!
Os implantes dentários mais usados mundialmente, são constituídos de titânio. Este material é considerado biocompatível, ou seja, compatível com a vida, com os tecidos, com o osso, com a gengiva, portanto, não desencadeia a rejeição, uma vez que não possue código genético (DNA), não consegue formar uma reação antígeno-anticorpo; não pode ser rejeitado pelo organismo.
Didaticamente, existem dois momentos onde se pode perder o implante. O primeiro é no momento de fazer a reabertura para colocação do dente. Neste momento o implante pode não ter se osseointegrado (conectado) ao osso, desta forma ele se solta por inteiro.
Dentro de uma linha de raciocínio lógico, pode se dizer que perdeu o implante por questões bem práticas e fáceis de compreender:
1ª – Contaminação: a contaminação pode ocorrem tanto por falhas na antissepsia e assepsia durante o procedimento, como por falta de cuidados pós-operatórios, abertura de pontos, exposição de enxerto, tudo por falta de uma orientação profissional bem esclarecida. Como se diz: “Ninguém gosta de ficar em lugar sujo, nem o implante”.
2ª – Aquecimento: o dentista prepara um alvéolo (orifício) para inserir o implante. Se neste momento os instrumentais cirúrgicos, principalmente as brocas, não forem adequadas, estiverem rombas, sem o devido corte, um atrito é gerado nos tecidos. Todo atrito gera calor e o calor excessivo causa desnaturação das proteínas, portanto, cauteriza, queima o osso e não adianta colocar implante em tecido morto, pois vai perder e não por rejeição.
3ª – Falta de tecido: para se pregar um prego precisamos de madeira, tanto em espessura como em comprimento, então para se colocar um implante tem que ter osso ou então ter feito ou fazer enxertos reconstrutivos, simples assim, não é rejeição.
Outro momento em que se pode perder os implantes dentários é por uma doença chamada peri-implantite. Trata-se da perda óssea progressiva ao redor dos implantes já osseointegrados. Clinicamente, podemos observar uma vermelhidão na gengiva ao redor do implante, com presença ou não de sangramento e pus. Esta inflamação dos tecidos leva a reabsorção do osso ao redor do implante, levando, muitas vezes, a exposição do mesmo. A evolução deste quadro clínico leva, em último caso, a perda do implante dentário, é a maior causa de perda de implante.
Como sempre, o primeiro passo para o tratamento da peri-implantite é o diagnóstico da causa. Pode estar associada ao trauma oclusal, que gera uma sobrecarga mecânica no dente, na maioria das vezes um ajuste da mordida paralisa ou estabiliza o processo. Se a causa for acumulo de biofilme (placa bacteriana, tártaro) se torna imprescindível a orientação do paciente quanto aos métodos de higiene oral e, principalmente, a sua importância para que o tratamento de certo. Uma vez restabelecida a correta higienização bucal e a remoção da placa e tártaro, o processo de peri-implantite tende a estabilizar. Lembrando que o osso que foi perdido não volta mais.
Manobras cirúrgicas como enxertos ósseos e gengivais, muitas vezes, são de boa escolha e melhoram o quadro principalmente estético.
Os implantes revolucionaram não só odontologia, mais principalmente a vida de milhares de pacientes que voltaram a sorrir, comer e literalmente tiveram sua autoestima de volta. São confiáveis, duradouros e com uma previsibilidade de sucesso bem perto dos cem por cento, ou seja, são excelentes. Devem e são utilizados mundialmente. Como tudo na vida, certo é certo, não existe mais ou menos, necessitam de um planejamento sério, multidisciplinar e de profissionais capacitados para executarem o procedimento.

Por: Dr. Fabrício José Araújo
CRO-SP 80665 (Arujá/SP)
Especializado em implantodontia
Contato: 4653-1361
fabricio@fabricioimplantes.com.br

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