Marcenaria inteligente: a grande solução para ambientes compactos

Postado em 26 de junho de 2017

Cozinha com nichos para armazenar e nichos para decorar (fazendo papel de “estante” para a sala)

Cozinha com nichos para armazenar e nichos para decorar (fazendo papel de “estante” para a sala)

Os apartamentos pequenos têm dominado o mercado imobiliário, e saber aproveitar os espaços disponíveis da melhor forma possível é um desafio que requer ajuda de quem entende do assunto. Os arquitetos Gabriela Coelho, da INK Incorporadora, e Filipe Troncon, da Suíte Arquitetos, reuniram algumas dicas importantes para ajudar nessa tarefa essencial.
“Antes de mais nada, é importante deixar claro que a grande responsável por um projeto funcional e transformador é a marcenaria. Quando bem projetada e executada, é possível otimizar espaços de forma surpreendente”, afirma Filipe Troncon. Vamos às dicas.

Móveis multifuncionais
O chamado “mobiliário inteligente” é aquele que pode ter mais de uma função. “Ter móveis com dupla funcionalidade é muito melhor do que ter vários móveis, especialmente em ambientes pequenos. A circulação fica mais livre e possibilita mais espaço e harmonia na decoração”, comenta Gabriela Coelho. Bons exemplos de móveis multifuncionais são sofá-cama, cama-baú, pufe-baú e até mesas de carteado ou de sinuca que se transformam em mesas de jantar. “Há bancadas que podem servir como escrivaninha, penteadeira e home theater, além de armários sob medida com possibilidade de itens embutidos, como lixeiras, cestos de roupas, tábua de passar, porta-colchões, camas”, conta Filipe.

Ambientes conjugados
Em lugares com ambientes conjugados (cozinha aberta para a sala, por exemplo), a dica é que, além de funcionais, os móveis tenham papel estético no espaço e combinem com os dois ambientes. “Tudo o que está exposto deve ser tratado e cuidado como peça principal, sem ‘estigmas’. Por exemplo: se a cozinha é aberta para a sala, seus armários não precisam só ser práticos, mas também tão bonitos e interessantes quanto qualquer outra estante”, diz Gabriela. “As peças de dupla funcionalidade que citamos anteriormente costumam ter design diferenciado, o que as faz se destacar”, conclui.

Móveis práticos
Outro ponto que ajuda a trazer funcionalidade aos ambientes integrados é o uso de móveis práticos. “Invista em mesas dobráveis, pufes com rodinhas, cadeiras empilháveis e muitas bancadas. É importante conseguir adaptar o espaço”, diz Gabriela. A iluminação de um local multiuso também deve ser lembrada. Uma alternativa é recorrer a projetos cenográficos, com luzes indiretas (fitas de led, por exemplo) e focos específicos.

Unidade visual
“Quando os espaços são integrados, seguir uma mesma linguagem em todos os ambientes traz harmonia e coerência”, explica Gabriela. Para manter essa uniformidade, uma dica é utilizar o mesmo piso para todos os espaços. É um recurso utilizado, por exemplo, para integrar varanda com sala e living com cozinha.

Utilização de cores
Como foi dito acima, a unidade visual é importante, mas ela não pode ser confundida com utilização apenas de tons neutros, como cinza, branco ou madeira. Tons claros são conhecidos por ampliar os ambientes, mas não são a única opção. “Móveis e utensílios com cores modernas e fortes são uma forma de integração também e funcionam bastante quando se trata de decorar casas e apartamentos”, comenta Gabriela Coelho. “Um bom exemplo disso são os projetos que fizemos no apartamento Studio, do Tetrys, o prédio da INK no bairro da Pompeia. O apartamento tem 32 m². Um dos pontos fortes foram as cores e materiais. Nada de ter uma marcenaria somente branca e de madeira. Trouxemos as cores para dar alegria e movimento à marcenaria do projeto”, conta Filipe Troncon.

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