EMDR: Dessensibilização e reprocessamento pelo movimento ocular

Postado em 6 de setembro de 2019

Inicio este artigo com o relato autorizado da mãe de uma adolescente de 22 anos na qual apliquei o método EMDR (Eye Movement Disensitization and Reprocessing), que diz o seguinte: “Quero agradecer com todo meu carinho o tratamento que você fez com minha filha, quando eu já não tinha mais esperanças, estava me sentindo sem forças, acreditando que a única solução seria mesmo a internação. Você, já nas primeiras sessões de terapia, tirou-a de dentro de um buraco obscuro, onde, com alguns anos de outro tratamento psicológico, nada mudava, só piorava, ela vinha se apresentando mais revoltada da outra terapia; as orientações do psiquiatra eram para interná-la em uma clínica psiquiátrica, foi quando você nos acolheu. Hoje vejo minha filha mais forte, mais dona de si, com mais possibilidades para o futuro, pensa até em voltar a fazer outra faculdade. Estamos muito orgulhosos da pessoa que ela está se tornando, graças a você e este seu método de lidar com estes traumas, suas angústias, seus medos. Hoje ela consegue fazer as atividades sozinha, sai na rua levando o cachorro para passear, pega metrô, UBER, sai com as amigas (coisa que ela nunca tinha feito). Muito, mas muito obrigada mesmo”.
Atualmente a EMDR é considerada, por muitos, uma das mais importantes descobertas da década de 90 no campo das psicoterapias. Trata-se de uma abordagem psicoterapêutica desenvolvida no ano de 1987, nos Estados Unidos, pela psicóloga PhD Francine Shapiro, falecida mês passado. É utilizada especialmente para tratar estresse pós-traumático, transtornos de ansiedade, depressão resistente, traumas, fobias, obsessões, reações psicossomáticas, ideações suicidas, entre outras. Utiliza-se de técnicas de estimulação corporal bilateral, particularmente movimentação lateral dos olhos e formulários específicos no reprocessamento de lembranças difíceis e dolorosas, através da integração do conteúdo neuronal em diferentes hemisférios cerebrais de forma rápida e eficiente, introduzindo recursos e soluções para uma vida mais saudável. Uma de suas principais funções é trabalhar em momentos de catástrofes. Recentemente tive a honra de participar, junto ao grupo Rede Solidária, da aplicação do método na escola Raul Brasil, em Suzano, onde tivemos relatos de grande melhora. Venho aplicando em meu consultório e obtendo resultados maravilhosos, em pouco tempo de tratamento.

Por: Sonia Maria Estácio Ferreira
Psicóloga Clínica – CRP-06/55037-7
Colaboradora do PROAMJO e PROAMITI do IPq do Hospital das Clínicas
CEL: (11) 98196-9631 (11) 5506-7560
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