Disbiose: uma doença que acomete muitas mulheres

Postado em 2 de julho de 2017

Disbiose

O intestino se comunica ativamente com o organismo. Produz, seleciona, aceita, nega, empurra, estagna, esfria, esquenta, exclui, transforma e manda mensageiros para várias partes do corpo, inclusive para o cérebro. Tudo através de comunidades constituídas de centenas de diferentes famílias bacterianas, totalizando por volta de 100 trilhões de bactérias. A saúde intestinal está diretamente ligada a diversos tipos de patologias, como doenças inflamatórias intestinais e doenças autoimunes.
Quando está tudo bem, todas essas bactérias ajudam a digerir e absorver os alimentos, estimulam o sistema imune, e junto com a camada epitelial intestinal formam uma barreira protetora no intestino. Cada indivíduo possui uma microbiota individualizada que varia em número e espécie de bactérias, sendo influenciada por diversos fatores, como idade, genética, alimentação, uso de medicamentos e estado de saúde. Quando essa população de microrganismos entra em desequilíbrio, prevalecendo a vontade das bactérias patogênicas, chamamos o quadro de disbiose intestinal.
Durante a manifestação de uma disbiose, o intestino apresenta-se com focos de inflamação, resultado do rompimento da barreira de proteção do intestino, tornando-o mais permeável e desprotegido. Sem a devida proteção, compostos tóxicos começam a penetrar no intestino até atingir a corrente sanguínea, resultando numa série de doenças capazes de acometer as mais diversas partes do corpo.
A alimentação e o uso indiscriminado de alguns medicamentos são os maiores responsáveis pela flora intestinal. Medicamentos como antibióticos, pílulas anticoncepcionais, inibidores da bomba de prótons, corticoides e anti-inflamatórios são capazes de modificar a flora e manter essa mudança por até 4 anos. Uma diversidade de patologias tem sido associada a esse desequilíbrio da flora intestinal. Obesidade, baixa absorção de nutrientes, doenças inflamatórias intestinais, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, desordens neurológicas e câncer são algumas delas. Por outro lado, a ingestão adequada de micronutrientes, fibras, bem como o uso de prebióticos e probióticos, favorecem uma melhor colonização bacteriana com prevalência de microrganismos benéficos.

Dra. Claudia Sanibal
Contato: 94742-8479
Dra. Monique Leitão
Contato: 94061-7604

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