Câncer de pele tipo melanoma: risco crescente para a saúde

Postado em 24 de outubro de 2019

No nosso país são detectados cerca de 180 mil casos novos de câncer de pele por ano, segundo Instituto Nacional do Câncer, sendo em sua maioria carcinomas. O câncer de pele tipo melanoma, apesar de menos prevalente, é o mais agressivo, com prognóstico ruim e alta mortalidade se não diagnosticado e tratado precocemente.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 55 mil pessoas morram por melanoma todos os anos, o que representa seis mortes por hora. Segundo o Ministério da Saúde ele representa 30% de todos os tumores malignos registrados no país.
Infelizmente, pesquisas mostram que 78% da população brasileira não sabe o que é melanoma. Ele é um câncer de pele originário dos melanócitos, células que produzem melanina e dão cor à nossa pele. Na grande maioria, surgem de pintas já existentes, mas podem aparecer de lesões que se confundem com cistos, verrugas, calos, o que pode atrasar o seu diagnóstico e gerar complicações. Por isso é de extrema importância procurar um dermatologista logo ao notar algum tipo de sinal diferente na pele. Os principais sinais de alerta são pintas assimétricas, com bordas mal definidas, com múltiplas cores na mesma pinta e que estão em evolução, mudando de tamanho e características.
Um dos principais fatores de risco para o seu aparecimento é a exposição excessiva aos raios ultravioleta, mas outros fatores, como ter pele, olhos e cabelos claros, histórico familiar e excesso de pintas pelo corpo também aumentam as chances do indivíduo desenvolver melanoma.
Uma das preocupações também é o aumento da exposição a telas de computadores e celulares devido à emissão de luz não visível e raios ultravioleta, que também são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de pele. Não existe um consenso sobre distância mínima segura dos aparelhos. Quanto mais próximo maior é a exposição.
O câncer de pele não pode ser subestimado. Se diagnosticado e tratado precocemente o melanoma não provoca metástases e tem enormes chances de cura. Não deixe de se consultar com o seu dermatologista.

Por: Dra. Gabriela Capareli
CRM: 131.079 / RQE: 50304
Dermatologista com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
formada pela Universidade Federal Fluminense
Especialista em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
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