Autismo e nutrição funcional

Melhoras de sinais e sintomas através da alimentação

Postado em 30 de junho de 2017

nutrição funcional

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que vem crescendo. A cada 45 crianças, 1 é autista e há fortes indícios de que seria por causa de fatores ambientais, tais como poluição, agrotóxicos, transgenia de grãos, fungos em alimentos, excesso de antibióticos e vacinas, já que a proporção desse aumento não pode ser justificado apenas pela genética, pois alterações genéticas sempre mantém a mesma proporção.
Muitos estudos vêm tentando desvendar outros fatores que levam ao aparecimento deste transtorno. Pesquisas recentes têm mostrado evidências sobre o efeito positivo da dieta equilibrada nos sintomas do autismo. Fico impressionada que a mídia sempre mostre apenas a importância do psicólogo e psiquiatra no tratamento, mas e o NUTRICIONISTA? Vários estudos demonstram que uma dieta com restrição de glúten (trigo, aveia, cevada e centeio) e caseína (leite) podem ter efeito importante na melhora de alguns sintomas, trazendo uma melhoria na qualidade de vida do paciente, já que auxilia diretamente na diminuição de alguns sintomas ligados ao eixo intestino cérebro e sistema imune; além de nos preocuparmos com a questão dos agrotóxicos, corantes e vários metais pesados que podem piorar o atraso de desenvolvimento.
Algumas alterações são observadas nestes pacientes, como desordens gastrintestinais, levando a má digestão de certos alimentos, hiperpermeabilidade intestinal, o que facilita a passagem de alimentos mal digeridos pelo intestino, alcançando a corrente sanguínea, desencadeando reações alérgicas e/ou inflamatórias que ativam o nosso sistema imunológico. E infelizmente não vemos esta preocupação por parte da medicina tradicional nestes pacientes.
A dieta não faz nenhum milagre, mas pode facilitar a vida da pessoa com autismo. Veja abaixo algumas orientações nutricionais para o tratamento:
• A desintoxicação orgânica de metais pesados é extremamente necessária em pacientes autistas.
• Os alimentos que foram relacionados com o autismo são os que possuem glúten (trigo, cevada, centeio, aveia) e caseína (laticínios), mas outros também podem ser prejudiciais, dependendo da individualidade bioquímica, como ovo, tomate, berinjela, abacate, pimenta, soja, milho, nozes, entre outros.
• Devem ser evitados aditivos químicos como os corantes, conservantes, nitratos, sódio e adoçantes. Portanto, evitar o consumo de alimentos industrializados e procurar uma alimentação rica em frutas, verduras, grãos integrais e legumes. Além disso, é importante evitar consumir cafeína e bebidas alcoólicas.
• Procurar manter os níveis de glicose no nosso sangue constantes, pois é importante para a função cerebral. Para isso, consumir alimentos a cada 3 horas em pequenas quantidades, assim o organismo tem suprimento constante de energia e não vai ter picos e nem quedas de glicose ao longo do dia.
• Uma dieta antioxidante que ajudará a eliminar as toxinas e nutrir o organismo, além de manter a glicemia é fundamental. Estas condutas também auxiliarão no bom funcionamento do intestino, que é fundamental nestes pacientes, tanto para melhorar a sensibilidade alimentar quanto para diminuir hiperpermeabilidade intestinal e melhor a imunidade.
• Os salgadinhos, sucos em pó artificial e gelatina são muito ricos em corantes. Hoje se sabe que os corantes estimulam a hiperatividade, por essa razão devem ser banidos da dieta dos autistas.
Além das dicas acima, o nutricionista funcional poderá suplementar nutrientes e fitoterápicos adequados para o tratamento, avaliando de forma individualizada cada sintoma do paciente.

Por: Mariana Kastropil
Nutricionista Funcional especialista em Fitoterapia e Metabolismo
CRN3-27979
Clínica CESA
Contato: 4652-5035

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