Atenção à menopausa: saiba como reduzir os sintomas e evitar problemas mais graves

Comum a todas as mulheres, a menopausa é uma fase hormonal que pode variar de acordo com cada organismo

Postado em 25 de julho de 2018

O período que marca o fim do ciclo menstrual das mulheres costuma ser temido por estar diretamente relacionado a uma série de desconfortos e desequilíbrios no organismo. Os sintomas, no entanto, podem ser amenos ou excessivos e cada mulher tem seu início sintomático próprio, tento como base a data de início do ciclo menstrual.

Os primeiros indícios gerais do climatério, que são comuns à todas as mulheres, começam pela queda ou encerramento da produção dos óvulos, isto é, os períodos menstruais ficam cada vez mais escassos e espaçados, até atingir o fim da menstruação. Segundo Talitha Melo, ginecologista da clínica Penchel, os sinais básicos da menopausa são as ondas de calor, sudorese noturna, perda da menstruação, ressecamento vaginal e queda da libido.

A saúde da mulher nessa fase fica fragilizada pelas sinapses difusas na conexão com o próprio organismo. Logo, a parte psicológica é uma das mais afetadas na saúde feminina, por estar diretamente ligada à produção de hormônios. O climatério acontece em duas etapas, a pré-menopausa e a pós-menopausa, e em cada uma delas é necessária uma maior atenção às carências psicofisiológicas: “No início dos sintomas, aliado aos instáveis níveis de testosterona, progesterona e estrogênio no organismo, as mulheres podem ter oscilações no humor e desequilíbrios neurológicos, como crises de ansiedade, depressão e irritabilidade. Algumas mulheres também se queixam de perda do sono, cansaço, fraqueza e diminuição da libido”, afirma Talitha.

Durante a busca por soluções para os sintomas do climatério, em alguns casos pode ser indicado a terapia de reposição hormonal, que funciona como um inibidor geral de sintomas. Porém a terapia é contraindicada em casos de já ter havido doenças hormonais ou provenientes de células debilitadas, como o câncer de mama. A terapia de reposição hormonal só deve ser realizada uma vez que haja acompanhamento médico, pois, com o organismo desfalcado na pré-menopausa, não pode receber uma sobrecarga abrupta de hormônios.

Nos períodos de pré e pós-menopausa é de suma importância que as mulheres se atentem ao peso. Por conta da perda da função ovariana, o déficit dos hormônios femininos pode fazer com que a mulher aumente sua gordura visceral. “Esse ganho de peso, principalmente da adiposidade visceral, preocupa, pois tem relação direta com o desenvolvimento de doenças como: Acidente Vascular Cerebral (AVC), hipertensão, diabetes, alguns cânceres, doenças coronarianas e neurodegenerativas”, alerta Lucas Penchel, médico nutrólogo e diretor da clínica Penchel. Segundo ele, a queda do hormônio estradiol afeta, também, a perda de massa muscular e óssea.

Do início até o final da menopausa é essencial que as mulheres reforcem seus níveis de cálcio, ferro, fibras, vitamina D e B12 e magnésio, pois, isso irá reforçar o sistema imune, endócrino e reprodutor. Os alimentos que contém maiores níveis de cálcio e auxiliam no fortalecimento ósseo, de acordo com Penchel, são peixes, leite desnatado, espinafre, quiabo e ameixa. Já as fibras, as qualidades nutritivas podem ser encontradas em alimentos integrais, nozes, castanhas, banana e hortaliças.

Como nessa fase é comum a queda substancial de ferro no sangue é indicado que se insira na alimentação alimentos como açúcar mascavo, uvas e damascos secos, algas, cereais integrais e vegetais escuros, como espinafre e couve. “É de extrema importância investigar se há a necessidade de repor nutrientes e qual. Contudo, com o acompanhamento correto, não há restrições de consumo e as melhorias dos sintomas da menopausa são garantidas”, afirma Lucas.

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