Alergias alimentares

Postado em 30 de agosto de 2018

A alergia alimentar é uma reação dependente de mecanismos imunológicos, mediada por Imunoglobulina E (IgE), mistas (por IgE e células) e não mediadas por IgE, que resultam em grande variabilidade de manifestações clínicas. Infelizmente, muitas vezes as manifestações decorrentes de intolerâncias alimentares, como, por exemplo, à lactose, são confundidas com as manifestações das alergias alimentares.
As reações mediadas por IgE tipicamente ocorrem minutos após a exposição ao alimento. Já as não mediadas por IgE e as mistas podem demorar horas e até dias para se tornarem clinicamente evidentes. Comumente, as manifestações não são associadas à alergia por ocorrerem após longos períodos de exposição ao alimento.
A prevalência das alergias alimentares em crianças e adultos jovens aumentou significativamente nas últimas décadas, impactando de forma negativa na qualidade de vida das pessoas. Há diversos fatores que devem ser investigados, entre eles estão a alimentação materna durante a gravidez, o aleitamento materno, tipo de parto, idade materna, momento e frequência em que os alimentos sólidos e alergênicos foram incluídos na alimentação, exposição a poluentes e a predisposição genética. A incidência da alergia alimentar ocorre, principalmente, nos primeiros seis meses de vida.
Os alimentos mais alergênicos são: leite de vaca, trigo e derivados (farináceos e industrializados), ovo, nuts (amendoim, castanhas, nozes, amêndoas…), soja, peixe e frutos do mar.
A relação de doenças autoimunes, alterações gastrointestinais, dermatológicas, respiratórias, distúrbios neurológicos e endócrinos com alergias alimentares já tem sido mostrada em diversos estudos, tendo como principais sinais e sintomas: diarreia ou intestino preso, coceiras, edemas, falta de ar, vômitos, gases e distensão abdominal, confusão mental e convulsões.
O tratamento consiste na exclusão dos alimentos responsáveis pela reação alérgica, onde devemos regenerar o intestino, a produção de muco protetor e produção de enzimas digestivas, através de alimentação e suplementação. Aí sim, após esta etapa, é indicada a reintrodução dos alimentos causadores da reação alérgica. Por este motivo, procurar a ajuda de uma nutricionista funcional é essencial para obter a conduta necessária, a escolha e substituição dos alimentos adequados e seguros, respeitando sempre a individualidade bioquímica.

 

Por: Dra. Mariana Marqueze Kastropil
Nutricionista Funcional Especialista em Fitoterapia e Metabolismo
CRN3 27979
Espaço Mariana Kastropil Nutrição
Contato: 98152-1334
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